domingo, 22 de março de 2015

Insânia

    Um dos mais belos poemas em língua portuguesa que conheço é, sem dúvida, Ismália, de Alphonsus de Guimaraens. A primeira vez que o li foi quando estava no Ensino Médio, em um livro de aula, mesmo. A impressão que me causou foi profunda. Não sei explicar, mas o poema evoca imagens tristes e belas: a loucura e o sonho, o delírio e a morte.

    E então, no último semestre, tivemos como tarefa compor uma paródia baseada nesta obra de Alphonsus. Reescrever um poema desse quilate pode ser considerado quase um sacrilégio mas, ainda assim, decidi arriscar. Abaixo, estão o original e o meu trabalho, cujo título é Insânia:



    Em meu poema, coloco o próprio Alphonsus como personagem. Desiludido pela morte de sua Ismália, ele faz a trajetória que o leva ao mesmo fim da suicida. É claro que apresento algumas imagens vulgares - a bebida, a sarjeta - mas, acredito que faz parte da paródia. Além disso, é apenas uma releitura.

    E eu nem ousaria ter a pretensão de fazer algo com o mesmo lirismo e sentimento do original. Ismália, como eu escrevi antes, é belo, profundo e único. 



Um comentário:

  1. Esta paródia 'Insânia' que tu fez ficou realmente boa! Gostei muito deste teu trabalho. :)

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