quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Yanni em Porto Alegre

    
     O ano de 2012 se revelou muito especial pois foi quando realizamos um sonho: assistir, ao vivo, a um show do músico e compositor grego Yanni.

    Nunca poderia imaginar que ele pisaria em solo brasileiro quanto mais em Porto Alegre, já que muitos só se apresentam em POA quando estão em fim de carreira.

    Conheci a obra de Yanni através do Alexandre, que possuía (possui) dois DVD´s e um CD do músico. Um destes DVD´s - Tribute - eu nem sei dizer quantas vezes assistimos. É um show magnífico, gravado na Cidade Proibida em Pequim na China e também junto ao Taj Mahal, na Índia. Cenário espetacular, músicas belíssimas e uma equipe de músicos competentes e totalmente sintonizados entre si fazem deste show um dos mais belos e emocionantes já realizados. Imaginem para quem estava lá, assistindo pessoalmente?!

    Em DVD, assistimos a outros shows - todos em grande estilo - no Royal Albert Hall (Londres), Acrópole (Grécia) e também um show moderno e empolgante, cheio de recursos técnicos, gravado em 2006 no Mandalay Bay Events Center, em Las Vegas.

    Por essas e outras, jamais imaginávamos que veríamos Yanni e orquestra.

Preciosidades que não emprestamos...rs!
    Em 2010, o músico fez shows em São Paulo e Rio de Janeiro. Infelizmente, devido à distância e ao alto custo dos ingressos, não teve como irmos. Confesso que fiquei até meio deprimida por isso, afinal, na minha cabeça, Yanni se apresentaria somente nessas cidades e apenas desta vez. Nunca foi tão bom estar completamente enganada...

    Pois em 2012, o Brasil foi novamente incluído na turnê mundial. São Paulo e Rio de Janeiro mais uma vez contemplados. E então... Tcharam! Outras cidades também foram confirmadas para apresentações, dentre elas, nossa capital gaúcha! Desta vez, tudo conspirou para que pudéssemos estar lá e VIP´s, pois decidimos nos "dar de presente" ingressos nos melhores lugares do show. Queríamos ver Yanni bem de pertinho!

    Mas, que tipo de música faz Yanni?

    Embora muitos o classifiquem de compositor New Age, esse rótulo não condiz com o que ele apresenta. Eu diria que Yanni é um compositor de música instrumental, com orquestra, vozes e recursos sonoros e visuais. Nas suas composições, temos o piano clássico e outros instrumentos da orquestra tradicional, como violinos, oboé, trompas, violoncelo... Mas, muitos outros instrumentos, como a harpa, trompete, dulcimer, bateria e, inclusive étnicos, como o didgeridoo aborígene australiano e o armenian duduk. Sem falar nas vocalistas incríveis e suas vozes poderosas! Quanto aos shows, não é algo "pirotécnico e apoteótico" como um Jean Michel-Jarre, mas bastante impressionante, já que traz efeitos visuais e qualidade de som notável.

    Na verdade, não há como descrever. Mas, posso afirmar: todos deveriam conhecer a música desse cara. É algo que te eleva, te faz pensar que o ser humano tem uma capacidade maravilhosa de fazer coisas belas e úteis através da arte. A título de exemplo, deixo aqui três vídeos como uma pequena amostra do trabalho de Yanni:

Within Attraction (DVD Yanni Live at the Acropolis - 1994)



For All Seasons (DVD Yanni Live! The Concert Event - 2006)



Truth of Touch (DVD Live at El Morro - 2011)



    O show

    Sabe aquele acontecimento tão especial que a gente prefere nem falar/escrever? Fiquei tão encantada com a apresentação em 2012 que sequer escrevi um post sobre isso para o blog. Parecia mentira, um sonho, algo que não iria se repetir...

    
    Foi um show mais adaptado a uma turnê mundial mas nem por isso menos magnífico. A qualidade da música já conhecíamos e pudemos comprovar ao vivo a qualidade dos recursos técnicos. Tudo organizado, no horário e com quase duas horas mágicas em que tudo o que a gente queria era que não acabasse nunca...rs! Vimos Ming Freeman e seus teclados, Charlie Adams arrasando na bateria, Alexander Zhiroff no violoncelo, Samvel Yervinyan virtuosístico no violino, Victor Espinola e sua harpa. Claro que teve aquele momento em que Yanni fala com a plateia. E não resistimos: levantamos e dançamos ao som de Niki Nana, cantado pelas belíssimas Lauren Jelencovich e Lisa Lavie.

    
    O único detalhe ficou por conta do público que achei meio frio. Não sei, talvez por ser majoritariamente composto por pessoas mais velhas, estas achassem que era um show para ser curtido no estilo música clássica, todo mundo sentadinho, bem comportado. Na minha opinião, Yanni tem momentos diversos em seu show: aqueles em que a música é mais sentimento, como End of August e Until the last moment mas também músicas vibrantes em que a pessoa pode, sim, e deve levantar, bater palmas, etc.

    Eu gritei ("Charliiieee!"...rs!), dancei, ri, chorei e, claro, fotografei muuuuuito! Enfim, fizemos valer a pena! 

    O retorno

    E eis que em 2014 Yanni volta a Porto Alegre. Dia 25/03, estará no Teatro do SESI, trazendo todo o encanto e talento tão característicos de sua obra. E nós, mais uma vez, estaremos lá para prestigiar esse músico excepcional. Que seja tão emocionante como da primeira vez. Os ingressos já estão na mão! ;)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Atrasado! Impressões de final de semestre - 2013/02

    Sem muitas delongas, aqui está o post sobre as disciplinas cursadas e uma pequena opinião pessoal sobre as mesmas. Desta vez, incluí informações referentes ao método de avaliação, o que não quer dizer que será feito da mesma forma nos próximos semestres, ok?

Canção Popular Brasileira - professores Luís Augusto Fischer e Caroline Abreu

    Essa é uma daquelas disciplinas na qual o aluno ganha muito em cultura. Sabe quando a gente não está estudando e sim aprendendo com prazer? Pois essa disciplina foi o “refresco” do semestre, onde eu desopilava e relaxava de todas as angústias e afobações das outras cadeiras. Nunca fui muito ligada em música popular brasileira mas, ao cursar Canção, me tornei uma grande apreciadora. Conhecemos os primórdios da canção no Brasil, as primeiras composições, as primeiras gravações, os intérpretes, discos importantes, a história dos festivais... Vimos muita coisa, inclusive um documentário bem legal sobre a Tropicália. Muito bacana, mesmo! Sempre vinha prá casa cantarolando as músicas...rs! E me apaixonei pelo disco Panis et Circenses. O único porém é que, em face da quantidade de conteúdo, os profes tiveram que selecionar o que fosse mais relevante, assim algumas coisas ficaram de fora (tanto que poderia ser criada a disciplina de Canção II - fica a dica...rs!)
    Avaliação: tivemos duas provas, uma delas com consulta às letras de música e nossas anotações, em que tínhamos que escrever sobre uma canção, relacionando a mesma com o contexto cultural, social e histórico.

Inglês IV - professora Elaine Indrusiak

    Verdade seja dita: essa cadeira me deu um trabalhão. Tive que recapitular tudo o que eu já havia visto nos semestres anteriores e o que já era para ter visto na escola também. Resumo da ópera: quase reprovei. O que me ajudou muito foi o ensaio que tivemos que fazer. Imaginem: 4º semestre do curso e eu não tinha feito até o momento nenhum ensaio em PORTUGUÊS e então, lá vou eu escrever um todinho em inglês. Mas, foi bom porque aprendi duas coisas: não deixar o estudo para as provas para a última hora e também que eu sou inteiramente capaz de acompanhar (se deixar de ser preguiçosa e estudar um pouco por dia, bem entendido).
    Avaliação: duas provas, alguns trabalhinhos (importantes) + ensaio explorando um tema constante em um dos filmes de uma lista pré-estabelecida pelos próprios alunos.

Léxico e Dicionários - professora Maria José Finatto

    Amor e ódio, como em Norma Culta. O legal foi descobrir que, em nosso curso, há uma área que estuda o léxico e isso, claro, inclui os dicionários. Também estudamos que há toda uma questão envolvendo as palavras mais/menos usadas e um padrão perceptível e mensurável em diferentes tipos de textos e documentos. Embora eu considerasse o tema relevante porque há até uma parte - bem interessante - de pesquisa histórica tenho que confessar: criei uma certa antipatia pela disciplina. Nem sei explicar bem o porquê. Ao cursar Léxico tive em mãos um belíssimo dicionário Houaiss, que acabou se tornando um objeto de desejo. :)
    Avaliação: duas provas, alguns pequenos trabalhos (não deixem de fazê-los) + um grande trabalho final.

Literatura Brasileira D - professor Antônio Sanseverino

    A última cadeira de literatura brasileira... snif! Minha disciplina preferida ainda que não seja a minha ênfase. Se, por um lado, foi um pouco cansativo (4 períodos em uma única tarde) por outro foi bem legal já que conheci novos autores, como Dalton Trevisan e Raduan Nassar, e também revi a Poesia Concreta que bagunçou minhas ideias no Ensino Médio.
    Avaliação: duas provas dissertativas com consulta somente às nossas anotações manuscritas.

Literatura Comparada - professora Márcia Ivana de Lima e Silva

    Disciplina eletiva em que fizemos o link entre as obras literárias e suas adaptações, seja para o cinema, televisão, teatro e até para a música. Foi bem útil discutir a questão da adaptação cujo processo tem características semelhantes à tradução de um texto. Outra daquelas disciplinas em que o aluno recebe boas doses de cultura. Rendeu dois trabalhos que adorei fazer, um deles sobre a maravilhosa minissérie Capitu.
    Avaliação: uma prova com consulta (fizemos em casa) + dois trabalhos (um deles sobre um texto de Caio Fernando Abreu e outro com tema à escolha do aluno).

Sintaxe do Texto - professora Solange Mittmann

    Se eu pudesse fazer uma disciplina a cada semestre com a profe que lecionou Sintaxe do Texto, eu faria. Essa disciplina – assim como Teoria do Texto – continua abrindo a nossa visão para as entrelinhas do que está escrito, as intenções do falante e o modo de dizer, agora relacionados com a Sintaxe. E o que nos ajuda a enxergar isso é a maneira com que diversos recursos - como elipse, incisa, articuladores textuais, conectores e operadores argumentativos - são utilizados dentro do texto. Depois de estudar a teoria e ver em sala de aula os muitos exemplos práticos é impossível não começar a ler e compreender um texto de forma diferente, ou seja, com outro olhar.
    Avaliação: duas provas + um trabalho final em sala de aula (que podia ser feito em dupla)

Tradução do Inglês I - professora Marta Oliveira

    Minha primeira experiência prá valer com Tradução. Aqui, descobri que ainda tenho muito para aprender. Motivo: quando se traduz um texto são necessárias certas adaptações - uma espécie de lapidação - no texto original para o público alvo. Ou seja, não pode haver um engessamento, uma tradução literal. Ainda preciso treinar bastante isso. Outra coisa: é fundamental pesquisar sobre o que se está traduzindo – como cultura e geografia, por exemplo. Por fim, vimos que não bastam bons dicionários e, sim, uma boa visão do texto para se fazer uma tradução bacana.
    Avaliação: entrega revisada de todos os textos traduzidos + um trabalho sobre os textos teóricos que tivemos que ler + apresentação em grupo de um poema que traduzimos.


    Acho que agora fica mais claro o porquê de eu ter ficado longe do blog. Foi um semestre bem trabalhoso e estressante mas muito gratificante também. Daqui a menos de duas semanas, acabam-se as férias e já começa tudo de novo. Por enquanto, em matéria de aulas, estarei...


    Mas, aqui no blog, vou tentar postar alguma coisa, seja a via crucis da matrícula ou, simplesmente, alguma coisa bacana e interessante.

    Até!