Confesso que música erudita (ou clássica) não é o meu forte. Não que eu não aprecie; gosto muito, já senti vontade de tocar algum instrumento e, quando possível, vamos aos concertos da OSPA. É que me falta o conhecimento profundo do assunto, mesmo. Mas, lendo as obras de dois autores que admiro muito, percebi como a música teve influência em suas vidas e livros. Um deles é o Érico Veríssimo, o escritor que, por assim dizer, me iniciou na leitura séria, na leitura das grandes obras. E o outro é o Charles Bukowski, de quem já falei aqui no blog.
Principalmente na obra do Érico, diversos personagens desenvolvem suas estórias com uma obra clássica ao fundo. Assim, vi Noel tentando fugir da realidade ao som de Debussy, Floriano fechado na “água-furtada” ouvindo Beethoven, Dr. Rodrigo Cambará lembrando de Tony Weber com o “Revêrie” de Schumann. Da mesma forma, Henry Chinaski procurava por Mahler e Mozart nas estações de rádio; segundo ele, vinho e boa música o ajudavam a datilografar suas estórias.
Se estes dois autores me trouxeram grandes leituras, quem me iniciou no mundo da música erudita foi o Alexandre, que é um grande apreciador desse gênero. Além de ter muito material relativo ao assunto (livros, CD´s) toca piano, se aventura no violino e estuda flauta transversa. Muitas vezes, relendo algum livro destes escritores, era mencionada determinada sinfonia. E lá ia eu pedir para que ele colocasse a música para eu escutar. Isso foi muito positivo, pois associou algo de que eu gosto demais – a Literatura - às belas músicas clássicas. Sem falar que ficou muito mais interessante criar o cenário mental das estórias sabendo qual é a música que está tocando. Eu fui bem sucinta no post, mas na obra toda do Érico Veríssimo são citados diversos compositores, sinfonias, concertos, óperas e cantores famosos como Enrico Caruso.
Para terminar, aí está um vídeo com o "Revêrie" (ou Träumerei), de Schumann - a música citada como, digamos, tema do romance trágico que está em "O Retrato II" de "O Tempo e o Vento"
Belíssima! Bravo!
E, claro: obrigada, Xande! :)
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