sexta-feira, 14 de junho de 2013

Game of Thrones: um pouquinho sobre a série e os livros

    Faz tempo que eu queria escrever algo sobre os livros e a série que conquistaram uma legião de fãs ao redor do mundo: Game of Thrones – ou GOT. Antes de iniciar, há que se esclarecer um ponto importante: Game of Thrones é o nome do primeiro volume que faz parte da série de livros "As Crônicas de Gelo e Fogo" (em inglês "A Song of Ice and Fire") escrita pelo norte-americano George R.R. Martin. Já a série de televisão criada por David Benioff e D. B. Weiss e produzida pelo canal HBO foi denominada apenas de Game of Thrones, embora aborde o conteúdo dos outros livros.

    Feito isso, quero deixar claro que sou muito fã – estou acabando de ler o 3º livro e já assisti as três temporadas da série - então, vou dar minhas impressões como tal. Não sou uma super especialista, que sabe tintin por tintin cada detalhezinho, até porque são inúmeros personagens, lugares e muita, muita história.  Peço que, se escrever alguma coisa fora de lugar me perdoem. Afinal, entre um livro e outro e os episódios da série tenho que cuidar da faculdade e do trabalho.

    Conheci GOT meio que por acaso. Como curto o trabalho do ator inglês Sean Bean, vi que ele participaria de uma nova série da HBO e havia comentários de que “o Boromir tinha voltado”. Na internet, em sites de downloads, o pessoal estava baixando a série enlouquecidamente. Claro que ficamos curiosos e fomos conferir.


Pausa dramática para lembrar do personagem de Sean, Ned Stark
    O primeiro episódio (assim como os demais) tinha cerca de uma hora de duração. Uma hora de deixar qualquer um sem fôlego. Li num site que era uma espécie de Senhor dos Anéis para adultos. É quase isso, mas até que dá para definir assim: muita ação, intrigas, violência e - tirem as crianças da sala :) - luxúria e corpos nus. E uma trama complexa, cheia de reviravoltas surpreendentes: se você começa a “torcer” por um determinado personagem ele pode simplesmente... morrer! É isso, mesmo: aqui não há aquela previsibilidade boba a que estamos acostumados, não há aquele velho recurso deus ex machina que domina o cinema, por exemplo, onde o mocinho apanha muito, a mocinha sofre, mas tudo fica bem no final. Qualquer coisa pode acontecer e, principalmente, o que ninguém espera que aconteça. Sim, a gente fica mudo, chora, se revolta, fica inconformado, mas é assim que as coisas são em Game of Thrones. E eu acredito que esse é um dos principais motivos do sucesso de GOT.
    
Apenas uma parte dos muitos personagens de GOT
     Quanto ao elenco, assim como a história, este é bem extenso. Alguns atores e atrizes já são conhecidos e também há muitas caras novas. Várias atuações são excepcionais mas, quero dar destaque ao ator Peter Dinklage que interpreta Tyrion, da casa Lannister (os malvadões assumidos dos livros/série). Dinklage conseguiu traduzir muito bem o Tyrion que está nos livros, tanto que recebeu vários prêmios e elogios da crítica por sua atuação. Se ele não fosse um Lannister, certamente mereceria a coroa dos Sete Reinos. Por quê? Irônico, inteligente, dono de um humor mordaz e, digamos, um cara do bem...rs! Mais não posso contar porque seria spoiler...

Não estou dizendo que Tyrion é o cara? :D
    Depois de devorar as duas primeiras temporadas da série de TV e esperando ansiosamente pela terceira, resolvi começar a ler os livros. Com um pouco de receio, por já saber muitas coisas pela série. Nova e emocionante surpresa: os livros - como sempre - trazem muito mais do que há na TV, porém, ajudam bastante a te situar dentro da história. Como eu já disse, a quantidade de informações é enorme e, às vezes, é fácil se perder. Pois com os livros, o leitor/espectador resolve isso e, de quebra, conhece muito mais sobre os personagens, a trama, causas e consequências de muito acontecimentos. 


Os livros de "As Crônicas de Gelo e Fogo": já estou acabando o terceiro volume (884 páginas de emoção)!
    Mas, o mais bacana de tudo é que, George R. R. Martin, está vivo e produzindo! Sim, são cinco livros, mas já ouvi boatos de que ao todo devem sair NOVE volumes! Além disso, o autor é co-produtor da série. Isto é importante: a série traz algumas adaptações do que realmente há nos livros, porém, Martin está por dentro disso...rs! O curioso é que os livros estão aí desde 1996. Imagino que depois da HBO produzir os episódios, as vendas estouraram.

    Ah, só para constar: minha torcida é pela Daenerys Targaryen. Mas gosto demais da Arya também que, apesar da pouca idade, já passou por poucas e boas.



    Faço votos de que o sucesso seja cada vez maior e que, principalmente, George ainda continue na ativa por um bom tempo. Afinal, ainda há muito para acontecer nos Sete Reinos!



Site oficial: http://www.georgerrmartin.com/
Site oficial da série: http://www.hbo.com/game-of-thrones/index.html


segunda-feira, 10 de junho de 2013

De "mãos dadas" com Drummond

    Surpresa boa hoje na aula de Literatura Brasileira C: nosso professor, Sergius Gonzaga, começou a falar sobre Carlos Drummond de Andrade.
    É incrível como este poeta consegue acessar os mais recônditos recantos da minha alma (para usar um clichê super batido...rs!). Mas, estou sendo sincera: não consigo ficar indiferente quando leio algo dele pois sempre consegue me tocar de alguma forma. Eu nunca estudei a obra de Drummond a fundo – na verdade, até hoje conhecia apenas os poemas mais populares como “A flor e a náusea” e “Mãos dadas” – mas o pouco que já li fez com que eu o apreciasse muito (e agora, ainda mais).
    Para começar, vimos “Anoitecer”, do qual destaco os trechos a seguir:

É a hora em que o sino toca,
mas aqui não há sinos;
há somente buzinas,
sirenes roucas, apitos
aflitos, pungentes, trágicos,
uivando escuro segredo;
desta hora tenho medo

É a hora em que o pássaro volta,
mas de há muito não há pássaros;
só multidões compactas
escorrendo exaustas
como espesso óleo
que impregna o lajedo;
desta hora tenho medo.

        Segundo o professor Sergius, a angústia é tema recorrente na obra de Drummond bem como o passado. Aliás, nas palavras do professor, em certos textos o poeta faz uma reflexão metafísica e filosófica sobre o sentido do passado no ser humano, sendo que este carrega pela vida os "ossos de seus mortos". Vejamos o poema abaixo:

Os mortos de sobrecasaca

Havia a um canto da sala um álbum de fotografias intoleráveis,
alto de muitos metros e velho de infinitos minutos,
em que todos se debruçavam
na alegria de zombar dos mortos de sobrecasaca.

Um verme principiou a roer as sobrecasacas indiferentes
e roeu as páginas, as dedicatórias e mesmo a poeira dos retratos.
Só não roeu o imortal soluço de vida que rebentava
que rebentava daquelas páginas.


    Depois disso, penso que resta pouco para uma estudante de Letras - principiante ainda no estudo teórico da poesia - dizer, não? Então, direi apenas que vai ser bacana poder saber mais a respeito do autor e do que ele produziu. Depois das próximas aulas conto tudo aqui! ;)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

II Feira Cultural do PPE

O Programa de Português para Estrangeiros irá promover mais uma feira cultural.


O QUÊ? II Feira Cultural
QUANDO: de 10 a 14 de Junho de 2013
ONDE: Instituto de Letras


Maiores informações: Sala 226 do Instituto de Letras (Campus do Vale)
                                                     Fone: (51) 3308 66 90 / e-mail: ileppe@ufrgs.br

E também na página do Facebook: https://www.facebook.com/ppeufrgs